coração gelado
machucado
com espinhos tortos
pregados em vários pontos
onde ora sangram ora saram
diferentes feridas
Novelos
Há 3 anos
18 de abr. de 2011
29 de jun. de 2010
Taxi
Nada é por acaso meeesmo!
Hoje resolvi ir pro concerto de ônibus. Foi tudo tranquilo, na paz e minha segunda intenção era poder chegar a qualquer hora em casa sem ter que estacionar e carregar pertences como meu instrumento por 2 quarteirões na maior vulnerabilidade. O fato também é que gostamos de tomar um vinho ou cerveja, o que é incompatibilizado pelo volante.
No fim do concerto, encontrei meu pai que é fiel ouvinte da orquestra esperando por uma caroninha. Os dois estavam à pé. Pegamos um taxi e até pensei em rachar com um colega que mora pelo caminho mas calei, então, pegamos o próximo carro da fila. O motorista era um rapaz de no máximo 28 anos, várias tatoos e piercings pelo corpo. Nunca sabemos o que se passa na cabeça de um trabalhador, o que sente na pele, qual sua história de vida... já o contrário é bem mais comum... filosofamos, dialogamos, temos conversas importantes no celular enquanto viajamos num taxi. Às vezes temos a sorte (ou azar) de ouvir palpites do motorista que escuta tudo quieto ou participativo,como o de hoje. Acredito que 99% da conversas são iniciadas pelos passageiros que recebem conselhos e são consolados pelos taxistas. Outro dia, peguei uma corrida bem longa onde o motorista se queixada da doença da esposa, não sabiam o que era mas suspeitavam de uma apendicite, coisa que eu conhecia muito bem. Mas voltando ao taxista de piercing e boné,eu contava um causo conjugal de um colega até que o rapaz desabafa: "de vez em quando da vontade de largar todo mundo e sumir". espantados, paramos o assunto para ouvir ja que insistia no desabafo:"o cara hoje em dia não tem paz e corre atrás do dinheiro". Entrando na Ramiro e com algum chão pela frente explica pra onde vai todo o seu suor: trabalho de domingo a domingo pra sustentar 4 ex-mulheres, a atual e 9 FILHOS entre 14 anos e a caçula com alguns meses. Meu pai dá conselhos jurídicos enquanto eu fico pensando: isso é azar ou burrice??? No meio da conversa somos interrompidos por uma das ex ao celular ligando pra relatar um problema de um filho.Quase chegando em casa tomo coragem e pergunto: Vale a pena operar, o governo não paga pra ti uma vasectomia? Daí começa um longa e emocionada explicação: sempre tive filhos e nunca curti nenhum, agora quero ter um pra valer com a pessoa que vivo e gosto(falando da atual). Não vou operar enquanto isso não acontecer, antigamente era tudo mais calmo enquanto hoje você conhece numa festa e logo vai morar junto, leva pra casa e tal... Calei e pensei: ele tem seus motivos...pensei nas minhas coisas e nos meus tantos causos. A metros de casa passa um antigo namorado passeando com seu cão. Eu comento o que vejo e meu pai diz:" de todos esse foi o melhor", concordei justificando "mas ele queria logo casar e ter filhos pai...". Entrei em casa e pensei que tentamos e erramos, perdemos, ganhamos mas nunca mesmo deveríamos desistir de uma das coisas mais importantes da vida, mais que o trabalho mais que tanta bobagem na qual perdemos nosso tempo: o amor...
Hoje resolvi ir pro concerto de ônibus. Foi tudo tranquilo, na paz e minha segunda intenção era poder chegar a qualquer hora em casa sem ter que estacionar e carregar pertences como meu instrumento por 2 quarteirões na maior vulnerabilidade. O fato também é que gostamos de tomar um vinho ou cerveja, o que é incompatibilizado pelo volante.
No fim do concerto, encontrei meu pai que é fiel ouvinte da orquestra esperando por uma caroninha. Os dois estavam à pé. Pegamos um taxi e até pensei em rachar com um colega que mora pelo caminho mas calei, então, pegamos o próximo carro da fila. O motorista era um rapaz de no máximo 28 anos, várias tatoos e piercings pelo corpo. Nunca sabemos o que se passa na cabeça de um trabalhador, o que sente na pele, qual sua história de vida... já o contrário é bem mais comum... filosofamos, dialogamos, temos conversas importantes no celular enquanto viajamos num taxi. Às vezes temos a sorte (ou azar) de ouvir palpites do motorista que escuta tudo quieto ou participativo,como o de hoje. Acredito que 99% da conversas são iniciadas pelos passageiros que recebem conselhos e são consolados pelos taxistas. Outro dia, peguei uma corrida bem longa onde o motorista se queixada da doença da esposa, não sabiam o que era mas suspeitavam de uma apendicite, coisa que eu conhecia muito bem. Mas voltando ao taxista de piercing e boné,eu contava um causo conjugal de um colega até que o rapaz desabafa: "de vez em quando da vontade de largar todo mundo e sumir". espantados, paramos o assunto para ouvir ja que insistia no desabafo:"o cara hoje em dia não tem paz e corre atrás do dinheiro". Entrando na Ramiro e com algum chão pela frente explica pra onde vai todo o seu suor: trabalho de domingo a domingo pra sustentar 4 ex-mulheres, a atual e 9 FILHOS entre 14 anos e a caçula com alguns meses. Meu pai dá conselhos jurídicos enquanto eu fico pensando: isso é azar ou burrice??? No meio da conversa somos interrompidos por uma das ex ao celular ligando pra relatar um problema de um filho.Quase chegando em casa tomo coragem e pergunto: Vale a pena operar, o governo não paga pra ti uma vasectomia? Daí começa um longa e emocionada explicação: sempre tive filhos e nunca curti nenhum, agora quero ter um pra valer com a pessoa que vivo e gosto(falando da atual). Não vou operar enquanto isso não acontecer, antigamente era tudo mais calmo enquanto hoje você conhece numa festa e logo vai morar junto, leva pra casa e tal... Calei e pensei: ele tem seus motivos...pensei nas minhas coisas e nos meus tantos causos. A metros de casa passa um antigo namorado passeando com seu cão. Eu comento o que vejo e meu pai diz:" de todos esse foi o melhor", concordei justificando "mas ele queria logo casar e ter filhos pai...". Entrei em casa e pensei que tentamos e erramos, perdemos, ganhamos mas nunca mesmo deveríamos desistir de uma das coisas mais importantes da vida, mais que o trabalho mais que tanta bobagem na qual perdemos nosso tempo: o amor...
17 de jun. de 2010
lixo
Li em algum lugar sobre o modo descartável em que se dão as relações.
Poderia descrever melhor dizendo que as pessoas são descartáveis como tudo o que nos cerca. Você faz networks pra conseguir trabalhos, muitos contratos se consolidaram após um brinde num bar qualquer, amizades se deram pra conhecer e se aproximar de algum alvo amoroso, etc...passado o interesse, passa a relação.
E tudo se finda,
finito, ende, the end. Assim novos surgem e os velhos ficam nas prateleiras nos arquivos até que novos interesses surjam.
É triste e ao mesmo tempo revelador.
É necessário separar o joio do trigo antes de jogar ou mergulhar numa lata de lixo.
Poderia descrever melhor dizendo que as pessoas são descartáveis como tudo o que nos cerca. Você faz networks pra conseguir trabalhos, muitos contratos se consolidaram após um brinde num bar qualquer, amizades se deram pra conhecer e se aproximar de algum alvo amoroso, etc...passado o interesse, passa a relação.
E tudo se finda,
finito, ende, the end. Assim novos surgem e os velhos ficam nas prateleiras nos arquivos até que novos interesses surjam.
É triste e ao mesmo tempo revelador.
É necessário separar o joio do trigo antes de jogar ou mergulhar numa lata de lixo.
28 de mai. de 2010
Humor
Humor
ardor
calor
a flor
na cor
fedor
pavor
terror
a dor
furor
humor
fervor
odor
amor
ardor
sabor
torpor
humor
ardor
calor
a flor
na cor
fedor
pavor
terror
a dor
furor
humor
fervor
odor
amor
ardor
sabor
torpor
humor
27 de abr. de 2010
Em todas as coisas e até nas mais desagradáveis tiramos algo de bom.
Acho que aprendi a:
decidir mais,
endurecer,
jogar fora o que não presta,
quem não presta,
atrair coisas boas,
aproveitar mais,
comer menos,
escolher tudo,
desejar exatamente o que se pode administrar,
não esperar que a felicidade venha de fora
e principalmente lembrar do ditado:
" antes só do que mal acompanhada".
Acho que aprendi a:
decidir mais,
endurecer,
jogar fora o que não presta,
quem não presta,
atrair coisas boas,
aproveitar mais,
comer menos,
escolher tudo,
desejar exatamente o que se pode administrar,
não esperar que a felicidade venha de fora
e principalmente lembrar do ditado:
" antes só do que mal acompanhada".
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